A última partida de Pelé
Por Leila Prata
Quando nasci, ele já era tri campeão do Mundial, já era rei do futebol. Cresci ouvindo história de um rei que não vivia no mundo encantado dos felizes para sempre.
O mundo real é bem cruel com seus reis, principalmente com aqueles que renegam os seus, são omissos diante uma decisão política, e dos seus amores efêmeros. As vezes esquecemos que o rei era um ser humano que cometia erros como qualquer um de nós.
Pelé virou lenda no imaginário popular. Viajou em paz vigiando sua ultima "partida", deixando um legado na história do futebol do planeta. Dizem os filósofos que ao chegarmos aos 50 anos, devemos fazer as pazes com a morte, e acredito que foi isso que ele fez. Um negro que saiu da favela, foi engraxate e teve uma carreira futebolística fantástica.
Maior goleador da história do futebol brasileiro, com 77 gols em 97 jogos. Hoje pode parecer pouca coisa, mas para um menino pobre, negro e oriundo da periferia, abriu as portas para a história do futebol mundial.
Em uma época de redes sociais, onde tudo e fugaz, rápido e ao mesmo tempo, cai no vazio do esquecimento, certamente aqueles que nasceram antes das plataformas digitais, Facebook, Instagram, Twitter, lembraram do Rei Pelé, noticiado apenas pelos jornais impressos ou ouvido apenas pela voz inesquecível do narrador de futebol do rádio Waldir Amaral. Que vá em paz e encontre na eternidade seu campo de descanso.
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