Sem trabalho, caçambeiros ajudam a compor alta na taxa de desocupação no Amapá
A taxa de desocupação do Amapá no segundo trimestre de 2023 foi de 12,4%, aumentando 0,2 ponto percentual (p.p.) ante o primeiro trimestre de 2022 (12,2%) e subindo 1,0 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2022 (11,4%). Com isso, a taxa de desocupação do Amapá no segundo trimestre de 2023 foi a terceira maior do país, acima do percentual do Brasil (8,0%).
Caçambeiros fizeram protesto na segunda-feira, 14, cobrando trabalho na gestão do prefeito Furlan (foto: reprodução internet)
As maiores taxas de desocupação foram de Pernambuco (14,2%), Bahia (13,4%) e Amapá (12,4%), e as menores, de Santa Catarina (3,5%), Mato Grosso (3,0%) e Rondônia (2,4%).
A taxa de desocupação no Amapá por sexo foi de 10,4% para os homens e 15,1% para as mulheres no segundo trimestre de 2023. Já a taxa de desocupação no Estado por cor ou raça ficou acima da média nacional (8,0%) para os brancos (11,3%), pretos (12,3%) e pardos (12,6%).
A taxa de desocupação no Amapá para as pessoas com ensino médio incompleto (19,3%) foi maior que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 17,7%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (7,1%).
No segundo trimestre de 2023, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 22,1% - ficando na 11ª entre as Unidades da Federação. Piauí (39,7%) teve a maior taxa, seguido por Sergipe (31,1%) e Bahia (30,9%). As menores taxas de subutilização ficaram com Rondônia (6,3%), Santa Catarina (6,3%) e Mato Grosso (7,6%).
No segundo trimestre de 2023, havia no Amapá 22 mil de pessoas que procuravam trabalho durante dois anos ou mais. Esse contingente se reduziu em 4,3% frente ao segundo trimestre de 2022, quando 23 mil pessoas buscavam trabalho por dois anos ou mais.
O percentual de desalentados no Amapá (frente à população na força de trabalho ou desalentada) no segundo tri de 2023 foi de 3,8%; acima da média nacional (3,3%). Piauí (13,8%), Maranhão (12,6%) e Alagoas (12,2%) tinham os maiores percentuais de desalentados enquanto os menores estavam em Santa Catarina (0,4%), Rio Grande do Sul (0,9%) e Espírito Santo (1,0%).
O número de empregados com carteira assinada no setor privado no Amapá foi de 86 mil pessoas no segundo trimestre de 2023. O percentual da população ocupada do Amapá trabalhando por conta própria foi de 31,7%.
A taxa de informalidade para o Amapá foi de 46,1% da população ocupada - a 12ª maior do país. As maiores taxas ficaram com Pará (58,7%), Maranhão (57,0%) e Amazonas (56,8%) e as menores, com Santa Catarina (26,6%), Distrito Federal (31,2%) e São Paulo (31,6%).
O rendimento médio real mensal habitual no Amapá foi de R$ 2.529, ficando acima frente ao primeiro trimestre de 2023 (R$ 2.477) e crescendo ante o mesmo trimestre de 2022 (R$ 2.254). O Amapá teve o 15° rendimento médio real mensal habitual entre as Unidades da Federação. Os melhores foram Distrito Federal (R$ 4.823), São Paulo (R$ 3.537), Rio de Janeiro (R$ 3.529) e os piores Maranhão (R$ 1.836), Bahia (R$ 1.836) e Alagoas (R$ 1.979).
*Victor Vidigal/Ascom/IBGE-AP
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