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Atendimentos precários em UBSs de Macapá aumentam a procura por saúde em hospital infantil do Estado

Relatório da Secretaria de Estado da Saúde aponta que o Pronto Atendimento Infantil (PAI) registrou em abril alta demanda no número de crianças atendidas a procura de tratamento para doenças gripais que deveriam ser atendidas em Unidades Básicas de Saúde.


Foto: Gabriel Maciel


Relatório divulgado nessa segunda-feira, 8, pela Secretaria de Estado da Saúde, mostra que no período entre os dias 1° a 24 de abril, foram contabilizadoa 3.755 atendimentos. Desse total, quase três mil pacientes, cerca de 80% dos atendimentos, eram de classificação azul e verde. Ou seja, de demandas que podiam ser tratadas em Unidades Básicas de Saúde (UBSs).


As principais causas dessa inversão nos atendimentos são os fechamentos das principais Unidades Básicas de Saúde na Capital e a redução nos horários de atendimentos das que ainda funcionam por determinação da atual gestão municipal Antônio Furlan.


O relatório da secretaria estadual de saúde aponta, ainda, que com a prioridade de atendimento no PAI para pacientes mais graves, o tempo de espera no serviço do hospital aumenta para os demais caso mais leves.


"É comum neste período sazonal aumentar os casos de crianças doentes o que cresce o fluxo de pacientes, no entanto, os mais graves e as situações de emergência recebem prioridade no atendimento. Isso acaba gerando um tempo de espera maior para atendimento e a lotação do PAI”, enfatizou a secretária de Saúde, Silvana Vedovelli.


O monitoramento mensal de atendimento no PAI revela uma escala crescente nas demandas de pacientes que deveriam ser atendidos nas UBSs de Macapá.


No mês de fevereiro foram registradas a entrada de 3.283 pacientes, sendo 19 classificados vermelhos, 72 laranja, 1.070 amarelo 94 azul e 2.026 verdes. Ou seja, mais de 2.100 pessoas deveriam ser atendidas em UBSs.


Em março, o número total de pacientes foi de 4.951 casos, sendo 8 de classificação vermelha, 278 laranja, 2.444 amarelo, 517 azul, 1,7 mil verde.


Síndromes respiratórias

Dados epidemiológicos divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostram que o Amapá está entre os 16 dos 27 estados que apresentam maior incidência de síndromes respiratórias como influenza tipo A e B, vírus sincicial respiratório, e Covid-19.


Os dados apresentados pelo InfoGripe, gerido pela Fiocruz, apontam que os casos ainda apresentam sinais de crescimento e que isso apenas reforça a importância de adesão às campanhas de vacinação contra a COVID-19 e contra a gripe.


Quando devo procurar o PAI?

O PAI é direcionado a atendimentos de urgência, quando a criança precisa de atendimento imediato, ou de emergência, quando há risco de morte. O atendimento é realizado de acordo com a classificação de risco, respeitando os casos de prioridade, independente da ordem de chegada.


Segundo os especialistas, quando a criança apresenta sinais de um resfriado comum, que são leves, como tosse e coriza, ela pode ser atendida em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Para diferenciar cada caso, é preciso estar atento aos sintomas:


• Diminuição da produção de urina;

• Convulsões pela primeira vez ou que durem mais de quatro minutos;

• Frequência respiratória elevada;

• Presença de sangue nos vômitos ou na diarreia;

• Vômito que não foi curado por alguma medicação;

• Diminuição da sucção em lactentes e recém-nascidos;

• Nível de consciência alterado (desmaio);

• Irritabilidade mantida ou choro persistente;

• Dores abdominais fortes por mais de três dias;

• Febre alta (maior que 39°C) por mais de três dias ou acompanhada de outros sintomas;

• Chiado, cansaço ou tosse seca;

• Desidratação;

• Alterações nas "moleiras" (formas curvas ou afundamento das mesmas);

• Dificuldade de alimentação.


Com informações de Ascom/GEA

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