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Ação de cobrança contra Furlan pode revelar possível "caixa 2" na campanha de 2020

Veio a tona na tarde dessa quinta-feira, 20, uma ação de cobrança contra o prefeito de Macapá Antônio Furlan e seus aliados Cirilo Fernandes e Robson Gualberto. A ação é relacionada a um empréstimo no período da campanha eleitoral de 2020. O valor cobrado soma a bagatela de R$ 491 mil e pode comprometer a eleição de Furlan se houver indícios que possam levar a uma investigação de possível "caixa 2".


Foto apresentada como prova de reuniões ocorridas entre Cirilo, Dantas e Furlan


Ação de cobrança ajuizada na 3ª vara cível de fazenda pública de Macapá pelo jornalista José Soares Dantas, aponta o prefeito de Macapá como principal beneficiário direto de vários empréstimos que somam R$ 491 mil. Parte desse valor foi registrado em notas promissórias assinadas por Robson Marcos Gualberto do Carmo, aliado de Furlan na época. O restante do valor, na ordem de R$ 268 mil, teria sido transferido para contas de pessoas físicas e jurídicas indicadas por Furlan, Cirilo e Gualberto, conforme aponta o documento e extratos bancários.


A denúncia pode revelar um possível esquema de movimento financeiro para a campanha de Furlan em 2020 sem o conhecimento da Justiça Eleitoral. Diz a ação que: “O pedido visava suprir determinadas necessidades politicas, que se relacionavam inicialmente com o Sr. Antônio Borges Cirilo e com o médico Sr. Antônio Furlan. Tais valores, foram solicitados e intermediados pelo Sr. Robson Gualberto e realizados entre os meses de outubro e dezembro de 2020, onde este (Robson) assumiu em nome dos demais RÉUS”.


Print da ação inicial de cobrança envolvendo o prefeito Antônio Furlan


O que chama a atenção no processo que envolve o prefeito Furlan é justamente os depósitos bancários que teriam ocorrido em nome de “pessoas e empresas”, além de dinheiro em espécie repassado a Robson Gualberto através de sete notas promissórias.


Segundo o autor da denúncia, José Dantas, o pagamento da dívida deveria em sua totalidade ser quitada em janeiro de 2021. Desde então, Dantas teria feito várias tentativas de acordo, quase que diariamente, em reuniões que envolviam Furlan, seu chefe de gabinete, Paulo Costa, Cirilo e Robson Gualberto, mas nenhum dos acordo foi cumprido.


Uma as sete notas promissórias apresentadas como prova


Em última tentativa de reaver o dinheiro, Dantas relata que teria procurado a assessoria jurídica de Furlan, “que em resposta, agora afirma que o mesmo não mais reconhece a referida dívida, embora as provas, depoimentos e demais evidências o desmintam cabalmente”, relata a ação judicial.


Como provas, José Dantas apresenta várias fotos de reuniões com o prefeito de Macapá, extratos bancários e um termo de reconhecimento de dívida assinada por Gualberto. O advogado da causa, Leonildo Munhoz Alvez, pede que a ação seja julgada procedente e os réus condenados a pagar o valor, com juros e moras, de R$ 962,709,37.

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