Celebrações e políticas públicas marcam o Dia dos Povos Indígenas no Amapá
Programação em homenagem ao Dia dos Povos Indígenas, nesta sexta-feira, 19, termina com uma celebração intitulada "Turé das Regiões no Meio do Mundo", a partir das 19h no monumento Marco Zero.
Foto: Anita Flexa/Portal SelesNafes.Com
O encontro do governador Clécio Luis com caciques e cacicas do Amapá e Norte do Pará, ocorrido no fim da tarde dessa quinta-feira, 18, culminou com uma celebração em frente ao Palácio do Setentrião, cujo prédio ganhou iluminação vermelhar como símbolo de resistência indígena e respeito à história, a ancestralidade dos povos originários. Foi, segundo o governo, o ponto do “Abril da Resistência”.
A celebração começou logo na chegada dos povos indígenas, liderados por 83 caciques e cacicas, das etnias Galibi, Palikur, Kaxyuana, Karipuna, Wajãpi, Tiriyó, Apalaí e Waiana. Recebidos pelo governador Clécio Luís, adentraram ao Palácio marcando um ritual de danças que simbolizou a alegria e o agradecimento pelas homenagens recebidas.
“Pela primeira vez os povos indígenas foram recebidos por um governador do Amapá e homenageados pelo reconhecimento e valorização. Nós estamos iniciando uma história única, sendo ouvidos e com oportunidades de avançar melhorando a qualidade de vida da população indígena”, destacou a secretária dos Povos Indígenas, Sônia Jeanjacque.
Fotos: Marcia do Carmo
Fazendo um discurso forte de reafirmação e exaltando as políticas públicas desenvolvidas pelo Estado em territórios indígenas, Clécio saudou todas as etnias em seus respectivos idiomas. Na ocasião, anunciou melhorias, obras em escolas indígenas e a reabertura do Museu Kuahí, em Oiapoque.
“A homenagem é uma forma de renovar nosso compromisso com os povos indígenas. O Acender das Luzes na cor vermelha, é porque para a população indígena é a cor da resistência, a cor da vida pela visibilidade da cultura, e das necessidades que eles têm”, detalhou Clécio Luís.
Nesta sexta-feira, 19, no Dia dos Povos Indígenas, Clécio Luís vai reuniu com caciques e secretários de Estado para acolher demandas e reivindicações. Além disso, serão definidas políticas públicas garantam melhorias para a população indígena.
Desde as visitas do governador do Amapá em Oiapoque, foram identificadas uma série de demandas que estão sendo tratadas e resolvidas como a crise fitossanitária da mandioca. Até o momento já foram entregues cerca de 700 mil hastes de maniva e nesta sexta-feira, 19, segue mais 100 mil aptas para plantio, além de 75 toneladas de farinha produzidas em Mazagão.
Abril da Resistência
O Governo do Amapá promove o “Abril da Resistência” como uma forma de promover um diálogo direto com as etnias e seus representantes. A iniciativa, é uma forma de combater às desigualdades, discriminações, preconceitos e todas as formas de violência contra os povos originários.
A programação se estende até 27 de abril com apresentação e entrega da Cartilha Multilingui da Lei Maria da Penha aos caciques, feira de artesanato indígena na Casa do Artesão, roda de conversa com mulheres indígenas e danças tradicionais no Marco Zero do Equador.
Com informações de Ascom/GEA
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