Cúpula da Amazônia: Clécio defende investimentos que leve em consideração as diferentes "Amazônias"
A Cúpula da Amazônia começou oficialmente nesta terça-feira, 8, mas a reunião entre os governadores da Amazônia e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aconteceu nessa segunda-feira, 7, também em Belém (PA), como um pré-encontro
Foto: Agência Pará/Divulgação
Durante a reunião com BID, o governador do Amapá, Clécio Luís, propôs dialogo para saber as necessidades de investimentos da região que vão basear o novo programa da empresa, chamado de Amazônia Sempre, um programa “guarda-chuva” que tem o objetivo de ampliar o financiamento, compartilhar conhecimento estratégico para os tomadores de decisões e aumentar a coordenação regional para acelerar o desenvolvimento sustentável, inclusivo e resiliente da região amazônica.
Na ocasião, Clécio Luís celebrou a iniciativa do banco de ouvir os governadores e sugeriu levar em consideração as diferenças regionais que existem dentro da própria Amazônia. "É muito importante eles estarem ouvindo os governadores antes. É um processo de médio e longo prazo, mas estamos plantando a semente. Reforço aqui que as discussões devem considerar além da Amazônia com seus biomas, as pessoas que moram aqui na Amazônia, ouvindo o que elas têm a dizer. Muitas vezes, nossas necessidades parecem esdrúxulas diante de quem não vive a nossa realidade. Temos muitos 'Brasis' e também muitas 'Amazônias', com necessidades diferentes, e elas devem ser observadas", propôs o governador do Amapá.
O programa Amazônia Sempre vai conter ferramentas para mobilizar financiamentos a projetos na região, tendo como áreas prioritárias a população local; agricultura e silvicultura sustentáveis; bioeconomia; infraestrutura; cidades sustentáveis e conectividade. O programa terá como foco a promoção da inclusão de mulheres, povos indígenas, afrodescendentes e comunidades locais; clima e conservação da floresta e fortalecimento das capacidades institucionais e do estado de direito.
O presidente do BID, Ilan Goldfajn, citou que o programa será alinhado com as especificidades dos estados como o Amapá. "Para construirmos um programa como esse, é necessário estar perto dessas realidades como as do Amapá e do Pará. É por isso que a gente quer escutá-los. Não há como falar da Amazônia sem ouvir as pessoas", disse.
Ao final do encontro, o presidente do BID, os representantes dos estados e a ministra de Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, assinaram uma carta de intenções com o que foi discutido no evento para basear a estruturação do programa. Do Governo do Amapá, também participaram do evento "Diálogo de alto nível entre o BID e os governadores dos Estados Amazônicos do Brasil"
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