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“Já estamos vivendo a crise climática no Amapá”, diz superintendente do Ibama

“Passamos de categoria. De mudanças climáticas, mudamos para crise climática, mas também tem ação do homem”, disse o superintendente do Ibama no Amapá, Bernardinho Nogueira, sobre a onda fumaça, incêndios e seca extrema no Amapá, e apontou que ladrões de gado causaram fogo na reserva do Lago Piratuba neste mês.



Em recente entrevista ao programa 12 Horas (que vai ao ar diariamente pela rádio 102 FM das 12h às 13h), o superintendente do Ibama no Amapá, Bernardino Nogueira, disse que o Amapá vem passando por uma situação bastante crítica frente a crise climática que estamos vivenciado nesse momento, com seca extrema em municípios como Santana, Tartarugualzinho, Amapá, e cujas prefeituras já decretaram inclusive estado de emergências.


“É um estado de calamidade. Por toda a região da BR (156) tem fogo pela margem, tem mortandade de peixe, além da contribuição de La Niño e La Niña*, sugam a humidade da Amazônia, e há indicações de que ano que vem pode ser pior”, disse o superintendente, informando também que o Ibama já está, inclusive, se preparando para essa possibilidade, ampliando e treinando brigadas contra incêndio na floresta.



Bernardino Nogueira disse ainda que ladroes de gado causaram o incêndio de “tufa” na reserva de proteção ambiental do Lago Piratuba. Segundo ele, o fogo afugenta os animais para dentro de lagos e rios onde ficam mais vulneráveis para a captura. O incêndio criminoso iniciou com cerca de cinco quilômetros e chegou a mais de 15km, se transformando em um tipo de incêndio chamado de tufa, cuja profundidade do material orgânico e inflamável chega a mais de um metro de profundidade.


“Usamos todo efetivo para combate um fogo diferenciado, num combate difícil, trabalho perigoso, é preciso conhecer o trabalho, as técnicas, para evitar ser cercado pelo fogo”, concluiu ele, mostrando que o momento que estamos vivendo é um pedacinho do os cientistas vem alertando há décadas sobre as ações predatórias do homem na Amazônia e no mundo.



*Em tempo: “El Niño e La Niña são fenômenos atmosféricos que impactam de forma significativa as condições climáticas. Enquanto o El Niño corresponde ao aumento da temperatura das águas do oceano Pacífico na sua porção equatorial, o La Niña corresponde à diminuição da temperatura das águas do oceano Pacífico, também na sua porção equatorial.”


“Esses fenômenos atmosféricos impactam significativamente os indicadores de temperatura e precipitação em nível mundial. O El Niño provoca secas severas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, enquanto o La Niña favorece a formação de chuvas nessas mesmas regiões. Já a região Sul do Brasil experimenta maiores volumes de chuva durante o El Niño e, de forma contrária, menores volumes pluviométricos no período de ocorrência do La Niña.” (Ref.: mundoeducacao.uol.com.br/geografia/el-nino-la-nina.htm)

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