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Sob pressão, Furlan é obrigado a sancionar aumento salarial para servidores da educação

Profissionais da educação impõem a Furlan e a seus aliados na Câmara de Vereadores uma derrota significativa no campo político


Foto: divulgação PMM


Após tentativa frustrada em postergar o reajuste salarial dos profissionais da rede municipal de educação, o prefeito de Macapá, Antônio Furlan, ser viu obrigado a sancionar a Lei aprovada na última terça-feira, 9, na Câmara de vereadores que reajusta o salário da categoria.


No início de março, durante movimento paralização dos servidores, Furlan firmou acordo com a categoria em atender as reivindicações de reajuste de 6% mais a incorporação de adicional de 10,6% no salário base desde que os servidores suspendessem a paralização, o que levou o prefeito ir às redes sociais “cantar vitória”.


Antes de aceitar a proposta dos professores, Furlan ainda tentou emplacar uma sugestão chamada pela categoria de “vexatória” e “indecente”, ou seja, ela propôs a extinção de direitos garantidos por lei, como a dedicação exclusiva.


Diante do “não” da categoria, Furlan “aceitou” que a votação do Projeto de Lei (PL) do reajuste salarial e a sua sanção ocorresse em abril, o que não aconteceu. Temendo “calote”, a exemplo que aconteceu em 2022, quando foi prometido reajuste em maio e o prefeito só o autorizou em setembro, a categoria voltou a ameaçar com greve.


Na quinta-feira, dia 4 de maio, os professores intensificaram o movimento de paralização e foram à Câmara cobrar dos vereadores a tramitação do PL.


Na última terça-feira, sob pressão da categoria, o presidente da Casa, Marcelo Dias (Solidariedade), aliado do prefeito Furlan, não teve outra alternativa e também se viu obrigado a pautar a votação do PL e sua aprovação.


No último momento, os vereadores aliados de Furlan ainda tentaram uma manobra a pedido do prefeito. Queriam que o reajuste fosse concedido a partir do mês de maio e não abril, como foi prometido à categoria. Não houve jeito, o reajuste é retroativo a abril.


Ou seja, os servidores da educação impuseram a Furlan, ao vereador Marcelo Dias e a toda base do prefeito na Câmara, uma derrota política significativa que aponta para o fortalecimento de uma oposição cada vez maior ao prefeito dentro da sua própria gestão.

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