Startup20: Amapá é uma referência global na criação de negócios inovadores
Com apoio do Governo do Estado, maior evento internacional sobre inovação, sustentabilidade e tecnologia começa nesta sexta-feira, 23.
Amapá reúne preservação ambiental e incentivo aos negócios inovadores
O Amapá irá sediar a partir desta sexta-feira, 23, o Startup20, que reunirá as maiores economias do planeta para discutir bioeconomia, inovação, tecnologia e desenvolvimento sustentável no coração da Amazônia. A escolha do Amapá como sede do encontro é estratégica devido ao sucesso dos empreendimentos do setor já consolidados no estado nortista. O evento é realizado pela Associação Brasileira de Startups, em parceria com o Governo do Amapá e o Sebrae.
As startups são empreendimentos com modelo de negócios inovador, com impacto social e que soluciona problemas. O membro da comunidade Tucuju Valley e CEO da startup Proesc, Lindomar Góes, explica que, até 2022, o estado registrou 41 startups em atividade com geração de 500 empregos diretos e indiretos, de acordo com a pesquisa Cenários das Startups no Amapá, realizada pelo Sebrae.
Contudo, segundo Góes, o número de startups no cenário amapaense pode ser muito maior, uma vez que esses empreendimentos estão em várias fases de negócio.
“As startups amapaenses passam de 100 em várias fases. Temos aqui a maior startup da Amazônia, que é a Proesc; já a Orça Fácil é líder em orçamento de obras no Brasil; Tributei, líder em gestão de ICMS. Além disso, o Amapá conseguiu engajar as instituições: Sebrae, Senai, Governo do Estado, prefeituras, todas têm ações voltadas para a criação de empresas. Então é um ecossistema de inovação que funciona de maneira integrada”, reforça o empreendedor.
Góes ressalta que as empresas inovadoras impulsionam a formação de novos profissionais para ocupar novos postos de trabalho, como é o caso do sales development representative, que é o representante de desenvolvimento de negócios; do closer de vendas, especialista em fechar novos negócios; e do data science, que é o cientista de dados.
“Então, hoje, essas empresas estão qualificando o trabalhador, além de impactar o meio ambiente, gerando riqueza a partir da floresta sem agredi-la, investindo em tecnologia e economia integrando o meio ambiente”, reforça Góes.
O destaque do Amapá no desenvolvimento das startups aliado à preservação ambiental foi um dos fatores decisivos para que o estado amazônico se tornasse sede do Startup20. De acordo com a Associação Brasileira de Startups, Macapá é a segunda cidade com mais negócios inovadores no Norte do Brasil, atrás apenas de Manaus.
“O Amapá foi escolhido a dedo para sediar esse evento porque possui startups extremamente organizadas e engajadas por profissionais que vêm desenvolvendo um trabalho fenomenal, mostrando como o empreendedor brasileiro é brilhante. A gente espera que esta oportunidade seja uma virada de chave para o Amapá e para o Brasil”, frisou a presidente da Associação Brasileira de Startups, Ingrid Barth.
Parceria entre setor público e privado
O faturamento registrado em 2022 aumentou entre as startups. A soma entre as empresas pesquisadas chega a mais de R$ 10,2 milhões, enquanto em 2021 foi registrado R$, 7,2 milhões no saldo anual. A média de faturamento entre as empresas ficou entre R$ 10 mil a R$ 30 mil, para as que iniciam no mercado. Já as empresas mais consolidadas e com maior tempo de atuação, chegaram a faturar acima de R$ 5 milhões.
O Governo do Amapá é um dos principais parceiros no fomento do setor no estado, com destaque ao fortalecimento de políticas públicas de ampliação da transformação digital dentro da gestão, assim como à iniciação científica, programa de premiações e bolsas de estudo. O apoio na realização de grandes eventos, como o Startup20, integra esse processo de transformação no Amapá.
“O setor público entra com o papel de realizar a integração entre o ecossistema que constrói o cenário das startups, ele faz os atores desse processo trabalharem juntos. Além disso, as instituições públicas junto com a iniciativa privada têm a possibilidade de fomentar essa união, promover a inovação e gerar engajamento em eventos do setor”, explica Góes.
Inovação na Amazônia
Entre 2021 e 2022, o Amapá experimentou um aumento significativo de novas startups. A pesquisa sobre o Cenário das Startups mostra que 54% das empresas em atividade no estado foram iniciadas em 2022, enquanto no ano anterior foram registradas 17%. Isso aponta para um cenário com empresas novas, iniciando o processo de consolidação no mercado.
A integração entre o empreendedorismo tecnológico e a bioeconomia são frentes de atuação que geram riqueza, emprego e renda com garantia de floresta em pé. O desenvolvimento sustentável alinhado à pauta ambiental é um dos pilares das discussões a serem desenvolvidas no Startup20 nos próximos dias, sendo um momento de diálogo importante com a reunião de 85% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial em solo amapaense para construção de um futuro atrelado à economia verde.
Por Rafaela Bittencourt/Ascom/Gea
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