Água para beber: o maior drama dos moradores do Bailique pode estar perto do fim
Envolvido pela foz do maior rio do mundo, o Arquipélago do Bailique, na costa do Amapá, por onde passam um quinto da água doce do mundo, vem passando por um drama inimaginável há poucos anos atrás, a falta de água potável na região.
foto: Márcio Pinheiro
O drama da falta de água para consumo humano vem se intensificando a cada ano, a medida que o o oceano Atlântico avança sobre o Rio o Amazonas, salinizando as águas do Arquipélago. O fenômeno sempre ocorreu na região, mas no últimos dois anos, o que era apenas uma um fator periódico, passou a ser o maior drama dos moradores do lugar.
Como alternativa para enfrentará o problema, a Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa), vem fazendo tratativas com o apoio do Senai do Amapá para a implantação de uma usina de dessalinização para atender a região. Chamado de Projeto Bailique, os dois órgãos trabalham na elaboração do plano e posteriormente na captação de recursos para a sua execução.
⁸O fenômeno de salinização afetou quase todas as mais de oito ilhas do arquipélago e vem desde 2021 avançando exponencialmente. Desde então, os moradores das comunidades recorrem à captação de água das chuvas em cisternas para consumo doméstico ou são atendidas por ações governamentais.
Para alinhar o início das atividades técnicas para a concretização do projeto, na segunda-feira, 30, a diretoria da Caesa reuniu-se com a Gerência Executiva do Senai no Amapá e técnicos parceiros de outros estados. No encontro, foram definidos todos os passos para que o Projeto Bailique esteja apto para captação de recursos e execução.
“Temos aqui um projeto que será trabalhado a muitas mãos e com muita articulação técnica e política para que possamos implementar uma solução que servirá de exemplo para o Brasil e o mundo, na resolução das dificuldades dos povos da Amazônia”, explicou o diretor-presidente da Caesa, Jorge Amanajás.
O projeto busca viabilidade sustentável para sua implantação. De forma remota, participaram do encontro o gerente executivo de Operações do Sesi/Senai no Amapá, Júlio Zorzal, e o coordenador de Pesquisas do Instituto Senai de Inovação e Química Verde, Antônio Augusto Fidalgo.
“Neste momento, iremos analisar quais das tecnologias atuais serão melhores empregadas na região do Bailique, prezando pela biodiversidade, extrativismo e demais aspectos locais”, pontuou Fidalgo.
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